Algumas linhas diárias de felicidade expressa. Adianto que não me atrai aqueles blogs-diários, terríveis, e de um mau gosto estampado. Sem contar na péssima qualidade. Sem contar também que um diário é muito mais poético, a escrita, a evolução dela e assim vai. Quando digo: “linhas diárias”, me refiro ao fato de ter escrito ontem e hoje. O motivo da escrita, se é que se faz necessário motivos para escrever, é, de princípio, a mudança de cenário. Tentarei explicar. Férias na casa dos pais, quando a casa assume verdadeiramente essa denominação “casa dos pais” não é lá aquelas coisas. Mas são os pais, então, sem reclamações. O problema, além do grande esforço de ficar longe de tudo que você se apegou, em sua nova casa, é a falta de ouvidos para a sua boca, bem Nietzsche isso, mas é isso mesmo. Nenhum assunto que você domina é de interesse das pessoas com as quais você convive. Meio desanimador, eu diria. Até tentam te dar ouvidos, mas, se conseguem conduzir a conversa por outro caminho, nem pensam duas vezes. Pior é quando você se sente bem mais velha que os mais velhos, e bem careta perto dos mais novos. Ou seja, não tem lugar para você habitar senão aquela bolha acadêmica, com assuntos direcionados, pessoas que se fazem interessadas, e professores que até estimulam esse tipo de discurso. Não é fácil caro leitor! Nenhum pouco fácil.
Lg
3 comentários:
Discurso, minha cara, não lhe toca o âmago, nem tão pouco lhe proporciona inteireza.
É triste entrar aqui e não ter nada escrito, esses dias estão me fazendo bem, sempre quando te leio fico bem.
Você desapareceu!
Disse que viria ver o resto da cidade e nunca mais voltou...
Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo...
Eu ainda quero conversar com você, e aceito os seus assuntos. Melhor ouvi-la falar sobre o que quiser do que ficar neste silêncio...
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