terça-feira, 7 de outubro de 2008

.A arte de não dizer.

Só teve certeza que estava no local certo quando ouviu as batucadas. Amedrontou-se. Quando vieram ao seu encontro aclamaram um ‘oba-bate-de-ori’, nada compreendeu, tão pouco alguém compreenderia. Sua avó dizia que caso buscasse a cura deveria seguir mais a frente, ao encontro dos candomblés nagôs, foi o que fez. Ela estava mesmo era ababelada com tudo aquilo, como aconteceu com aquele povo quando BABEL veio a baixo, ababelaram-se. Se fosse outra cultura, indígena talvez, como os milhares de tupis, dir-lhe-iam que estava com o Abaçai no corpo e que os espíritos malignos a enlouqueceram. A noite que a moça desejava que terminasse logo caia sem muita pressa, vacilante e frouxa.
lg

Nenhum comentário: