Ao longo dos montes têm neve ao sol
Mas é suave e o frio é calmo
Que alisa e agudece
Os dardos do sol alto.
Hoje, pericárpio, não nos escondamos,
Nada nos falta,
porque nada somos.
Não esperamos nada.
E temos frio ao sol.
Mas tal como é, gozemos o momento,
Solenes na alegria levemente,
E aguardando o amor. . .
quinta-feira, 31 de maio de 2007
ao DESCONHECIDO.
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quarta-feira, 30 de maio de 2007
Uma noite fria.
Foi ocupada a cadeira ao lado. Olhei. Tinha certeza que viria, disse que veio por mim, acreditei tanto que uma felicidade súbita percorreu-me. Veio por minha causa! Convidei para um chá, não recusou meu convite, pensei que recusaria, mesmo sabendo que seria difícil receber uma recusa dessa grandeza. Não por ter partido da minha pessoa o convite, mas, chá em uma noite fria não é nada recusável. Saímos então do teatro. Confesso que estava bem mais quente quando ocupava eu a cadeira da sala escura, mas fui surpreendida com um abraço tão reconfortante que se quer desejei voltar. Sorriu. Devolvi o abraço e depois o sorriso. Porém foi a última vez, nessa noite, que repeti o gesto amigável. Enfim chegamos. Tomamos o chá, conversamos sobre páginas e páginas em comum, nos despedimos. Fiquei saudosa do abraço. De tudo ficou aquele sentimento nebuloso. E aquela saudade, uma imensa saudade...
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quinta-feira, 24 de maio de 2007
"E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos."
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terça-feira, 22 de maio de 2007
domingo, 20 de maio de 2007
Desce...
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sexta-feira, 18 de maio de 2007
A Carta
[...]in "Mrs. Dalloway" by Virginia Woolf
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sexta-feira, 11 de maio de 2007
Discurso, despedida bem justificada.
À quem me fez largar
Eu amo as tuas mãos, mesmo que por causa delas eu não saiba o que fazer das minhas. Amo o teu jogo triste, as tuas roupas sujas é aqui em casa que eu lavo. Eu amo a tua alegria. Mesmo fora de si, eu te amo pela tua essência, até pelo que você poderá fazer, se a maré das circunstâncias vir a banhar as águas do equívoco. Eu te amo nas horas infernais e na vida sem tempo, quando sozinha bordo mais uma toalha de fim de semana. Eu te amo pelas futuras crianças e pelas rugas. Te amo pelas tuas ilusões perdidas e pelos teus sonhos. Amo o teu sistema de vida. Eu te amo pelo que se repete e que nunca é igual. Eu te amo pelas tuas entradas, saídas e bandeiras. Te amo desde os teus pés até o que te escapa. Eu te amo de alma pra alma e mais que as palavras, ainda que seja através delas que eu me defenda, quando digo que te amo mais que o silêncio dos momentos difíceis quando o próprio amor vacila.
Estou de saída e acredito que tenho motivos.
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quinta-feira, 10 de maio de 2007
Tentarei colocar aqui parte do que sinto...
Como é difícil expressar em palavras o que eu gostaria de demonstrar em um abraço, confesso que deveria, por necessidade, parar tudo o que estou fazendo para estar ao seu lado, mas só nós sabemos o quanto é difícil enfrentar desculpas e mentiras cada vez mais inacreditáveis para burlar todos aqueles a que devemos explicações. As coisas entre nós acontecem com uma naturalidade tão bonita que tenho dúvida se sou merecedora de tanta felicidade e companheirismo, se não for merecedora favor ensinar a forma mais correta de tornar-me digna do seu amor. Quando penso em você não tenho espaços vazios na minha memória, pouco tempo, mas tantos momentos felizes. Fico imaginado, se a velhice vir nos visitar, a sentaremos em uma velha cadeira de balanço e ali, ao contarmos os fatos de nossas vidas, ela adormecerá em êxtase. Quem diria que até agora foram só 25 anos da sua vida, quem diria que um dia eu amaria alguém como eu te amo...
E é por esse amor nada camuflado que venho dar-lhe os parabéns mais entusiasmado que eu já ofereci a alguém, parabéns esse que queria sussurrar em seu ouvido.
Lembrado por Lg. às 00:01 10 ...plebiscito...
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terça-feira, 8 de maio de 2007
Brincando
Mas devo avisar. Às vezes começa-se a brincar de pensar, e eis que inesperadamente o brinquedo é que começa a brincar conosco. Não é bom. É apenas frutífero.
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As Crianças Chatas
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quarta-feira, 2 de maio de 2007
E fomos educados para o medo. Cheiramos flores de medo.
Lembrado por Lg. às 18:07 6 ...plebiscito...
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