sábado, 26 de julho de 2014

.Escorria a noite.

A chuva agora. 
O gato lá fora. 
Que faz de cama,
o prato vazio. 
Quem sabe fosse, 
de pelo bom. 
Ganhava carinho. 
Vivia feliz.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Não é uma solidão pra baixo, nem triste, é uma solidão rica.

Eu sou uma pessoa muito interiorana ainda, muito solitária também. Sou quieta. Eu não gosto de muita gente, eu gosto de viver na minha casa, de ver meus amigos não com muita frequência, gosto porque gosto deles e de conversar, mais não sou uma pessoa de todo final de semana. Quem me conhece sabe, e não cobra presença. Eu posso ficar muito bem só, com as minhas coisas, minha casa, meus bichos, minhas músicas, meus livros. Por isso sempre estou envolvida com uma ou duas pessoas, no máximo, é um amigo e um familiar, ou um amor e um amigo, nada de muito. São meus discos, textos e coisas que gosto de trabalhar que são permanentes. Nada de viver em festas diárias, minha festa é meu silêncio, e meu silêncio não é triste. 

Lg

segunda-feira, 7 de julho de 2014

.Devaneio I.

"Ó, deuses! Aniquilem tudo menos espaço e tempo e tornem dois amantes felizes." 


Memórias de Martinus Scriblerus - 1713

domingo, 6 de julho de 2014

.Foi um encontro bem singular.

São difíceis as pessoas que dão a impressão de paz. Ela dava a impressão de muita paz, de primeiro tinha um ar assim sociável, amável, mas se você se aproximasse um pouco via logo que era diferente. A paz desnudava-se em mistério, e a sensação não era mais de convencimento, nem nada, era curiosidade adentro. De onde veio? E qual a fonte? Virava uma busca incansável pela verdade interna, por aquele descobrimento inebriante do outro. Ou até um auto-descobrir dos seus próprios limites. Você ia com ela até onde não pensou existir. Estranho e interessante. Quanto ao mistério ela sabia que possuía, não tenho nenhuma dúvida a respeito.

LG