quinta-feira, 11 de junho de 2015

.Uma tarde quando o sol já não era uma bola e sim uma metade.


Que proposições essas que me propuseste. Fui longe. Que aflições enormíssimas, cultuar os íssimos é coisa rara, como Machado fez nos superlativos que adoro do José Dias, como aquela série também adorável: Capitu. Volta as aflições, não divaga no texto, o leitor reclama. Fui longe talvez, a ignorância é sempre perto. O melhor de ser ignorante é o Nada, não se deseja Nada, não se supera Nada. O Nada basta. Mas não, fui mexer no nada, buscar o não dito. Morri várias vezes. Segui o meu rasto a minha maneira, todos as conversas e notas e textos, falo quase com a mesma garganta.

terça-feira, 9 de junho de 2015

.Um nada sem aurora, afogado nas paredes do escritório.

Como ela era na víscera, hein? Ela era eu, ela era toda pra fora e ao mesmo tempo era toda pra dentro. Ela era pra fora no dar, ela dava as coisas que tinha. Nisso ela era pra fora, apesar de que esse pra fora vem de dentro. Depois ela era pra dentro dos adentros, ela entrava e ficava se desentranhando, achando o mundo cheio de gente nada. Depois chorava e envelhecia rapidinho, enrugando os olhos. Tudo termina e fica muito para memorizar. Será possível que nada te desmancha, será que não és capaz de te deitares na colina? Depois pensei, fica um resto de mim em ti? 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

.De vez em quando o alívio que ela sentiu.


Vontade de encontrar dentro de mim uns clarões, umas auroras boreais, uns repentinos rojões, inocências, queria tanto amar todos com todos esses folguedos dentro de mim, queria demais ser inho, nuvenzinha acetinada, não falo de frescura não, se falo assim é pra que você compreenda a delicadeza delicadíssima da minha alma, como tudo me surpreende, como tudo se distende nos minutos enlanguesço, envelheço, enlanguesço rejuvenescendo, me afasto pouco disso tudo, e cada vez que saio, volto eu mesmo.