terça-feira, 17 de abril de 2012

.Quando o seu bem-querer pedir pra você ficar um pouco mais...


Há que me afagar com a calma
A calma, a calma, a calma dos casais
E quando o meu bem-querer ouvir
O meu coração bater demais
Há de me rasgar com a fúria
A fúria, a fúria, a fúria dos animais

.Talvez ficássemos ali, estanques, na primeira grande crise. MASNÃO!

sem raiva nem rancor
o tempo riscou meu rosto
com calma

terça-feira, 3 de abril de 2012

.Acho que a vida anda passando a mão em mim.


Sou o cheiro dos livros desesperados. Você não me pega, você nem chega a me ver. Meu som te cega, careta, quem é você?

.Você vai me cegar e eu vou consentir.



Esse cansaço sono. 
Essa repetição morte. 
Essas mulheres mímicas.
Esses gestos contidos. 
Essa boa-educação. 
Esse desejo reprimido.
Esse sonho vazio. 
Essas falas sem gosto.

domingo, 1 de abril de 2012

.Não se trata de um fluxo de consciência usual.

Havia em suma três, não, quatro Molloys. O das minhas entranhas, a caricatura que eu fazia desse, o de Gaber e o que, em carne e osso, em algum lugar esperava por mim. Havia outros evidentemente. Mas fiquemos por aqui, se não se importam, no nosso circulozinho de iniciados.
Samuel Beckett (Molloy)

.É no verdadeiro amor que se come o outro.


Aí diz o meu coração: que prazer tem bater, se ela não vai ouvir?
Aí minha boca me diz: que prazer tem sorrir, se ela não me sorri também?

João Bosco